quinta-feira, 17 de julho de 2008

COMUNICADO

As prontas reacções do Sr. Presidente da Câmara de Elvas e da Concelhia do PS local, através do Sr. Vice-Presidente da Câmara e da Srª. Vereadora Elsa Grilo, revelam bem a importância que o executivo camarário está a dar à recém criada ADE – ASSOCIAÇÃO DESENVOLVER ELVAS, contrariamente ao que pretenderam fazer crer.

De facto, a iniciativa fez e faz todo o sentido, pois é importante que a sociedade civil se mobilize para refectir sobre os seus problemas e defender os seus interesses.

O recurso a adjectivos já habituais na tentativa de condicionar os criadores da associação, não só não terão o efeito desejado, como não conseguirão envolver a ADE no “diz tu, digo eu”, tão do gosto do poder instalado. Relativamente a esta questão julgamos dever colocar um ponto final na mesma, reiterando no entanto que somos livres, vivemos num país livre e que queremos e vamos exercer um direito de cidadania: participar na vida cívica da nossa cidade e procurar encontrar rumos para a evolução saudável do nosso Concelho.

Apelidar de “inimigos” quem tem ideias diferentes revela uma atitude bélica inexplicável num Estado Democrático, talvez influenciada pelo Festival Medieval do passado fim-de-semana, que poderá ter recordado, a quem fez tal afirmação, as antigas batalhas com os Castelhanos.

Os Elvenses sabem bem que os membros fundadores da ASSOCIAÇÃO DESENVOLVER ELVAS nada têm a ver com a situação existente na Câmara quando o cidadão Rondão Almeida foi eleito pela primeira vez Presidente da mesma. Mentiras deste género nem os incautos já convencem, sobretudo porque já passaram 15 anos sobre a primeira eleição do actual Presidente da Câmara.

Por outro lado, não confundimos os militantes socialistas com quem veio falar em nome da Concelhia do PS ou em nome da Câmara Municipal de Elvas onde os mesmos exercem cargos executivos. Muitos socialistas do concelho não se revêem nas suas atitudes e nas palavras que proferiram. São aliás bem reveladores os apoios de militantes e simpatizantes socialistas já chegados à Associação, e que, perante o evoluir da situação, estamos crentes que muitos outros se irão associar a esta iniciativa.

Quanto à agenda da ADE, serão os seus membros que a marcarão e, a propósito, aproveitamos o ensejo para informar que, na senda dos objectivos traçados, estaremos representados na Assembleia da República no próximo dia 15 de Julho, em defesa do Hospital de Elvas na reunião com a comissão parlamentar de saúde.

domingo, 13 de julho de 2008

Endereço

Todos os contactos com a Associação devem ser feitos através do seguinte contacto;

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Comissão Instaladora




Da esquerda para a direita;



José Júlio Cabaceira, professor, presidente PSD/Elvas

António Balsinhas, professor, ex-vereador PS na CME

António José Simão Dores, Bancário aposentado

Francisco Vieria, trabalhador CME, dirigente STAL

Tiago Abreu, empresário, presidente CDS/Elvas

Aníbal Franco, professor, ex-presidente CME pela APU

MANIFESTO

A Associação Desenvolver Elvas (ADE) nasceu porque várias correntes de pensamento convergiram na ideia comum da defesa dos interesses de Elvas cidade e Elvas concelho, das suas gentes, costumes e património, podendo dessa forma potenciar a criação de oportunidades de desenvolvimento socioeconómico.

Elvas, nos últimos anos, tem vindo a desenvolver-se num padrão de pensamento único, onde o betão tem sido o principal suporte da estratégia lançada para o concelho, associado à realização de repetitivos eventos, quase sempre à custa do erário público.

Entendemos ser uma estratégia errada, que não fixa os naturais às suas localidades, empurrando-os antes para fora do concelho, como prova a diminuição da população residente, que nos censos de 1991 se cifraram em 24.474 habitantes, baixando nos censos de 2001 para 23.361.

Aliás, é nossa profunda convicção que hoje serão muito menos os que por cá se mantêm, forçados ultimamente, como em todo o País, à migração por falta de condições de emprego na sua terra natal, ou por encerramento de serviços, baixando a qualidade de vida dos seus habitantes e acentuando-se o fosso nas assimetrias regionais entre as populações das zonas do interior e das zonas do litoral do País.

Para inverter este panorama, existem três importantes áreas que têm que merecer uma nova orientação política.

Estamos a pensar nos serviços públicos, na iniciativa privada e no turismo.

Nos serviços públicos, Elvas perdeu ultimamente o Tribunal Militar, a Casa de Reclusão, o Regimento de Infantaria 8 e a Maternidade Mariana Martins, entre outros, perdendo obviamente população, o que se reflecte negativamente em todas as áreas do crescimento económico, como seja no comércio, no ensino, etc., recebendo em troca promessas como a do Museu Militar, que é bem demonstrativo da falta de visão política de quem nos governa.

Uma das consequências do encerramento de serviços na nossa cidade, foi o nascimento em Badajoz, de cerca de 500 bebés, desde o encerramento da Maternidade Mariana Martins, os quais em iguais condições poderiam ter nascido em Elvas, com menos custos, menos burocracia, mais rapidez nos registos de nascimentos e maior bem-estar para as famílias.

Por isso, defendemos a manutenção dos serviços públicos ainda existentes na cidade, bem como o seu reforço, lutando pelo afastamento das nuvens negras que pairam sobre o Hospital de Santa Luzia, reivindicando o reinício de actividade da Maternidade Mariana Martins, para o que se torna necessário mobilizar a nossa população.

Ainda no âmbito dos serviços, julgamos ser possível tirar partido do facto de Elvas ficar localizada entre dois pólos de grande desenvolvimento, Badajoz e Évora, o que pode potenciar a criação de novas áreas de desenvolvimento, como o ensino, a investigação e outras de valor acrescentado, as quais criarão novas oportunidades de negócio e a domiciliação de novas áreas de trabalho.

Na iniciativa privada, sector importante e decisivo no desenvolvimento das regiões, muitas têm sido as promessas nunca concretizadas, de novas e importantes empresas que se iriam sediar em Elvas, não sendo suficientes aquelas que se caracterizam pela captação de mão de obra sazonal.

Há pois que criar condições financeiras, e outras, para que novas empresas se instalem em Elvas e criem postos de trabalho estáveis e de futuro, sendo certo que de entre as que se possam vir a estabelecer no concelho, algumas deveriam ser de média ou grande dimensão, para servirem de factor âncora na chamada de novas iniciativas empresariais.

Quanto ao turismo, onde não se vislumbra qualquer política concertada, quer local, quer regional, o resultado é aquilo que hoje temos, que é praticamente nada.

Tendo Elvas o património arquitectónico e histórico que tem, não se percebe que o mesmo não seja impulsionador da captação de turismo de qualidade e em número suficiente que contribua para o desenvolvimento do comércio e para sustentar as industrias locais.

Para isso, é necessário que se tomem medidas e se invista fortemente na recuperação dos degradados monumentos existentes, nomeadamente no aqueduto da Amoreira e muralhas da cidade, de forma protocolar ou não, criando simultaneamente medidas de defesa dos produtos tradicionais através da sua certificação, com incentivos à continuação das industrias que os transformam ou fabricam, não esquecendo a criação de programas, corredores e circuitos turísticos.

Estas são algumas das ideias básicas que estão subjacentes à criação da Associação Desenvolver Elvas (ADE).

A Associação quer ser um espaço de liberdade, aberto a todos, onde se possa repensar o modelo de desenvolvimento socio-económico de Elvas.

A Associação apresenta-se como um projecto que permita a participação de todas as forças, independentemente dos credos políticos, religiosos ou outros que nos distinguem uns dos outros, mas que possibilite encontrar caminhos comuns, de médio e longo prazo, em benefício do desenvolvimento do nosso Concelho.

A Associação pretende ser um projecto aglutinador e mobilizador de ideias e vontades para mudar Elvas.

Elvas, 29 de Junho de 2008